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IMAGEM: PARAMOUNT PICTURES |
Mas além das propostas indecentes de conotação sexual, como a do filme, que estamos acostumados à compreender com maior facilidade pois batem diretamente de frente com muitos tabus, crenças e valores pessoais, existem no mundo uma infinidade de propostas indecentes que são feitas diariamente sobre os mais variados temas e para as quais muitas pessoas permanecem alheias.
No mundo do empreendedorismo não é diferente, inclusive, é extremamente frequente para aqueles que enveredam especialmente no ramo artesanal.
Toda semana eu recebo pelo menos uma proposta dessas e nestes momentos eu busco exercer toda uma aura zen e dar o benefício da dúvida para aquela pessoa que me acionou, pois talvez ela não saiba que está fazendo uma proposta indecente.
Mas o que é uma proposta indecente ?
Existem várias respostas para esta pergunta, elas irão variar de acordo com a vivência, critérios e valores de cada um. Para mim, é toda proposta que desvaloriza, desabona e/ou ridiculariza minha pessoa e/ou meu trabalho.
Um exemplo muito comum e que a maioria de vocês que me acompanham e trabalham neste segmento já devem ter cruzado por aí é o daquela pessoa que deseja comprar seu trabalho mas resolve ele próprio precificar os seus produtos. Seria muito simples se a precificação de um produto artesanal se resumisse a equação: MATÉRIA PRIMA + CUSTOS + MÃO DE OBRA = PREÇO, no entanto, a produção de um produto artesanal envolve muito mais.
A expertise de cada profissional, o sentimento colocado no trabalho, o conjunto de talentos adquiridos e aprimorados ao longo dos anos farão parte de algo que vai além do preço, é aí que aparece o um conceito muito especial chamado VALOR.
Valor é aquilo que o cliente enxerga como especial e agrega aquele "algo mais" ao produto. Pode ser uma funcionalidade diferenciada, um atendimento personalizado, a exclusividade de algo e pode simplesmente ser a história de quem o produz.
Eu, particularmente, não executo um trabalho norteado meramente com foco no retorno financeiro, é um combo de fatores, envolve dignidade, envolve propósito. E é por este motivo que eu não prostituo o meu trabalho.
Mas o que é prostituir o trabalho?
Respondo em uma frase: NÃO VALORIZAR O SEU TRABALHO.
Você prostitui o seu trabalho toda vez que desacredita dele, quando não compreende os valores intrínsecos ao que você produz para seu cliente e permite que os outros ditem seus rumos.
Você prostitui o seu trabalho quando aceita vender "fiado"e depois não tem coragem para cobrar o cliente inadimplente.
Você prostitui seu trabalho quando dá aquele desconto enorme só porque alguém falou que seu produto não valia o que você estava cobrando.
Você prostitui seu trabalho quando aceita que o cliente precifique seu trabalho com seus próprios critérios.
Você prostitui o seu trabalho quando aceita aquela parceria que só tem vantagens para a outra parte.
Você prostitui seu trabalho quando joga seus preços no chão com medo de não vender e ao invés de lucrar, amarga prejuízos que nem enxerga.
Você prostitui seu trabalho quando se compara demais e se valoriza de menos.
Valorizar seu trabalho, seu tempo, seus recursos, seus talentos é primordial para se ter sucesso em qualquer área da vida.
Portanto, reflita agora: você está vendendo ou prostituindo seu trabalho?
Aprenda a identificar as "propostas indecentes" que cruzam o seu caminho todos os dias e valorize-se o suficiente para não se submeter à tudo que as pessoas desejam implicar à você! Ninguém é obrigado à aceitar migalhas e dizer NÃO algumas vezes na vida, além de não ofender, faz bem para nossa saúde mental.
Aproveita que leu até aqui e marca presença aí nos comentários, conta pra mim se já recebeu uma proposta indecente! ;)
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